Pular para o conteúdo principal

primeiro era proibido, depois passou a ser tolerado, hoje é aceito e eu quero ir embora antes que se torne obrigatório


Depois de 1 mês sem postar, mas obviamente mesmo no corre corre tava pensando em muitas coisas pra compartilhar, retorno num post que é um desabafo.

Na minha time line do facebook diariamente desfilam memes, fotos, cartazes e links de blogs, revistas e afins sobre muitos assuntos, mas nunca uma coisa foi tão postada quanto os regressos que estamos tendo por conta de fundamentalismo religioso. 
Gente, 2013 e eu aqui no Brasil um país de todos, belezas naturais, sem guerra, furacão, vulcão e terremoto e muito longe dos talibãs e fundamentalistas orientais.

Aham, Cláudia, senta lá. Podemos até não ter catastrofes naturais, mas tirando a corrupção que parece ser inerente a invenção do país, estamos longe só dos fundamentalistas religiosos orientais, pois o fundamentalismo chegou ao Brasil com muita força. Muita mesmo e isso me assusta e me dá medo. Pois um país que não sabe votar, é analfabeto funcional e cheio de problemas é facilmente convencido pela lábia de uns Malas-faias e In-Felicianos. Gente escrota que como muitos outros pastores se aproveitam da ingenuidade e dos problemas das pessoas pra viver sustentado por um comércio da fé alheia. Eles só podem ser ateus, porque se Deus existe mesmo e aquelas coisa de inferno e céu, quando eles forem dessa, vão pra uma muito pior.
Só pra constar fundamentalismo é:  Doutrina que defende a fidelidade absoluta à interpretação literal dos textos religiosos. Atitude de intransigência ou rigidez na obediência a determinados princípios ou regras. (priberam) 
Antes que me acusem de intoleante aviso que existe evangélico não fundamentalista. ^


Não quero me colocar no lugar deles e sair julgando, até porque eu sei que assim como gentileza gera gentileza, preconceito gera preconceito, e como eles ( os evangélicos tem pré-conceitos comigo) nunca escondi ter preconceito deles, e ainda não entendo como há vida inteligente em rebanhos de certos pastores, mas existe dignidade entre a classe, há pessoas que pelo menos são sensatas e pensam, questionam sem tornarem-se marionetes. Há também pastores com escrúpulo, raro, mas tem. 
Mas nem quero entrar nesse campo, porque eu quero justamente falar sobre TOLERÂNCIA. 

Eu posso não gostar, não acreditar, mas eu respeito o direito que as pessoas tem de enfiar 10% ou mais de seus ordenados no bolso de certos trambiqueiros pastores, o dinheiro não sendo meu tudo bem, cada um faz o que bem entende com o que lhe pertence e isso vale pra outros pontos além do dinheiro. Vide o caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo, concorde ou não com a prática homossexual se vc enfia seu dinheiro onde quer outros podem enfiar o que quiserem aonde quiserem, desde que tenha o consentimento da outra pessoa, porque se não vira estupro e isso aí já é assunto pra outro post.
A ala homofóbica usa argumentos tão ridículos que eu fico com pena, inventaram até a heterofobia, como se os direitos que todos temos fossem se perder a partir do momento que outros o ganharem. 

Parafraseando uma frase ridícula que vem sendo compartilhada sobre o assunto: ser evangélico de primeiro era proibido, depois passou a ser tolerado, hoje é aceito e eu quero ir embora antes que se torne obrigatório e façam fogueira de gente em praça pública remontando a idade média. Se eles seguem a biblia certinho quando chegarem em Levíticos vai ficar muito feia a coisa. E tem mais, esses espertalhões lobotomizam as pessoas, que viram papagaios ao melhor estilo rec repet (um brinquedo da minha infância), eles cospem versículos a torto e a direita sem o menor contexto e numa convicção que dá pena. 
Mas bom, como eu disse cada um segue o que quer, o grande problema é quererem que a bíblia sobrepuje a CONSTITUIÇÃO. A bancada evangélica parece ignorar o fato de que somos regidos por uma constituição, ainda que novinha como eu ela existe e deve ser respeitada, somos um estado LAICO, e isso não quer dizer que algo sem deus é do demônio, mas é um estado que não pode privilegiar ninguém e nem nenhum grupo em detrimento de seu posicionamento religioso. Na verdade não deveria existir bancada evangélica, deveriam existir deputados a favor do povo, do humano. O que as pessoas fazem em suas casas e com seus corpos não é da conta de ninguém. 

Também é foda ouvir ou ler "eu não sou homofóbic@, cada um faz o que quer, mas beijar em praça pública é um absurdo" esse povo aceita tacitamente putarias em BBB's, mas é contra o amor verdadeiro entre duas pessoas que não estão pedindo nenhum favor, apenas o direito de serem tratadas como iguais. Afinal qndo morrermos seremos todos caveiras o que nos faz melhores ou piores? Chega de racismo, machismo, fanatismo religioso! TOLERÂNCIA JÁ!
Não quero abrir o facebook e ver relato de violência contra seres humanos (feita por humanos) por suas opções de sexualidade, ninguém tem o direito de espancar ninguém por nenhum motivo muito menos por esse.
Retrocesso e desigualdade a gente vê por aqui.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Marseille - MuCEM

MuCEM é  Musée des civilisations de l'Europe et de la Méditerranée , deu pra entender que é o museu das civilizações da europa e do mediterrâneo, né? Esse museu novinho em folha tornou-se um capítulo a parte da  jornada em Marseille. Após um sol fortinho e um tempo de fila inútil, pois estava com o filhote a tira colo e poderia passar sem ficar na fila, passamos pela ponte que nos levaria até este museu que já surpreende arquitetonicamente. Totalmente novo, recém inaugurado, ele abriu as portas no dia 7 de junho e fui visitá-lo no dia 9, quase estreei o museu. O projeto arquitetônico mistura o tradicional e antigo forte de Saint Jean com o que tem de mais ousado e moderno, uma "renda" feita de cimento reveste o museu que é todo rodeado de rampas que permitem uma visão incrível do velho porto de Marseille, esta parte paira sobre a água e uma ponte liga o antigo e o novo, ou seja, o forte ao museu. Ainda na parte do forte havia uma cantora e dois performers, fiz fotos

Limites: o não e a negação sem o não. Nossa história enquanto o terible two não vem

Estava escrevendo o post no telefone e o bendito tocou. E eu atendi. E o post sumiu. Mas vou tentar lembrar. Afinal é um assunto da série: quero escrever sobre isso, mas enrolo.Porém, hoje estava lendo um tópico e mensagens na rede do zuck de um grupo de mães que gosto muito e que me fizeram pensar em desengavetar essa ideia, ou melhor, desencerebrar mais uma ideia entre as tantas e ecléticas que passam nessa cachola e assim pulo do flúor pra qualquer outra coisa. Garanto que são muitas ideias, mas o tempo de escrever é inversamente proporcional. O assunto é meio polêmico, posso até ser crucificada, mas como o mundo é velho e sem porteiras, cada um faz o que pensa ser melhor para si e para seus rebentos também. Sem mais delongas e rodeios o tema das próximas linhas é dizer um pouco da nossa experiência com o famigerado não. Acredito estar maternando numa geração meio termo. Pois as gerações anteriores a grosso modo se dividem em duas:  as que nada permitem e oprimem e aquela que f

Das perguntas: Papel higiênico, no vaso ou no lixo?

Eu vivo me fazendo perguntas e nem sempre tenho as respostas, essa pode parecer inusitada, mas sim, já pensei nisso e me surpreendi com o que descobri. Aqui no Brasil todo banheiro que se preze tem lixeira e muitos banheiros públicos tem a seguinte placa:   Em portugal encontrei a versão lusitana da coisa e acho que herdamos esse hábito deles, acho, porque não tenho a menor certeza. Quando morei fora percebi a inexistência da nossa companheira lixeira, e vi que o papel era descartado no vaso sem o menor problema. Tenho por hábito seguir os hábitos e assim fazia, até porque fora da minha casa não havia essa opção, mas quando voltei continuei usando a lixeira nossa de casa dia. Tudo muito bom e muito bem até eu me casar com um "gringo" e ele me perguntou porque não colocávamos os papéis no vaso, de pronto mais que automatico e mecanicamente respondi: "Oras, porque entope!" Pouco depois pensei, mas na França não entopia... Será mesmo que entope? Ou fom